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 [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado

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Willen

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MensagemAssunto: [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado   [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado EmptySeg 03 Out 2011, 13:08

Para que vocês possam entender e apreciar a fanfic da melhor forma possível, recomendo que cliquem nos megafones: [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on, e escutem as trilhas sonoras, pois muitas delas serão "tocadas" na fanfic, conforme o desenrolar da história. Boa leitura.




[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado 9RWf
por Willen Leolatto Carneiro


[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
A
escuridão se apossava das velhas paredes já gastas pelo tempo e
castigadas pelo clima. A chuva caía pesada em cima da enorme construção
que se erguia ao norte da cidade, que outrora estava apinhada de pessoas
em suas ruas abrindo suas tendas para tentar ganhar a vida. As nuvens
cobriam o solo e tornava o que era pra ser um dia ensolarado, em uma
tempestuosa tarde escura e fria. Nas muralhas do castelo da capital de
Rune-Midgard, Prontera, as sombras se destacavam pelo fato de haver
várias tochas em suas amuradas, presas na enorme entrada coberta, depois
da ponte de madeira que dava acesso ao castelo.

Um raio
atravessou os céus e fez clarear a cidade por alguns instantes. Fez a
sombra de um homem que entrava no castelo crescer, formando uma criatura
grotesca na parede enquanto o vento fazia sua capa farfalhar, soando
alto enquanto chicoteava o ar. A longa capa negra cobria o corpo do
homem que lentamente andava pela passarela depois da entrada no castelo.


Seu olhar era tão frio como o vento que batia e assoviava do
lado de fora da imponente construção, observando todo o local com uma
tranquilidade inquietante. Mechas brancas escorriam por de baixo de seu
capuz e escondiam parte do rosto do homem, ainda caminhando lentamente
dentro do castelo. Alguns viajantes que passavam por ele vindos do
outro lado, o encaravam e paravam desacreditados, tentando entender e
lembrar-se da pessoa que caminhava lentamente até o interior do castelo.


- O maestro... – Um deles parou
pouco depois de encarar o homem e ficou olhando para suas costas. Era um
já experiente e maduro cavaleiro, que ficou observando o misterioso
encapuzado andar. – Ele voltou...

- “Chegou o tempo de reviver o meu passado e percorrer novamente este caminho.”
– Foi o único pensamento do homem que estava protegido em sua capa,
parando em frente a uma longa escadaria e observando desde o chão até o
teto do caminho. Seu olhar determinado e sereno revelava seu objetivo.



[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
Quatorze anos atrás...


O
som de passos, os pássaros voando em revoada, os vários homens e
mulheres conversando e soltando suas risadas. Era a musica que animava
um jovem animado no meio da Praça de Prontera. O dia ensolarado e a
brisa fresca atraíam o publico até a fonte que ficava no centro da
praça, e lá um homem tocava entusiasmado um instrumento de madeira, com
um braço comprido saindo de sua caixa acústica e com seis cordas
afinadas nos tons certos. Ao lado do jovem musico, uma bela garota
dançava e acompanhava o ritmo da melodia que resoava no local e trazia
muitos jovens, crianças e viajantes para ver a dupla que fazia sua
apresentação.

Alguns deles puxavam as carteiras e sacolas de
moedas para entregar algum dinheiro, mas a jovem que dançava ia até eles
e empurrava graciosamente as mãos para longe, revelando que aquela
apresentação era apenas para o bel prazer. Embora muitos pensassem que o
casal fosse uma dupla de artistas querendo ganhar a vida, os dois não
se vestiam de forma indigente. O musico tinha em suas mãos um violão de
alta qualidade, e trajava vestes limpas, retocadas e suaves, com alguns
detalhes engastados em ouro e prata, além do belíssimo chapéu com uma
pluma no topo, que ele usava. A jovem dançarina usava as mesmas roupas
de uma cigana, mas as joias que ela usava eram finas e muito reluzentes.

- Hey, você está no meu ponto...
– Um jovem gritou em meio à multidão que se aglomerava para ver o
casal. Embora houvesse soado como uma ameaça, a música não parava tão
pouco a dança.

Um jovem de aparência jovial passou por entre os
ouvintes e parou à frente dos dois. Tinha os cabelos ruivos e bem
cuidados balançando ao vento. Carregava um violão com cordas de nylon,
semelhante ao do homem que ainda tocava.

- Você não ouviu? Esse aqui é o meu ponto. Vai tocar em outro lugar.
– O ruivo parou à frente do músico. A dançarina finalmente parou e
ficou olhando um tanto preocupada para o seu companheiro. Tinha a íris
do olho em um tom verde muito profundo, criando um contraste para seus
cabelos castanhos escuros e seu belo corpo.

O homem deixou a sua
ultima nota ressoar e então o publico que estava ao redor deles começou a
reclamar do ruivo, culpando-o pela música que não estava mais tocando.
Porém, o homem levantou da beirada da fonte onde estava e segurou seu
violão, apoiando a base da caixa acústica no chão e usando o braço do
instrumento como apoio. Os olhos dele reluziam o azul cristalino da
fonte, deixando sua coloração esverdeada mais brilhante. Por baixo do
chapéu, a luz rebatia uma fina camada dourada por cima de seus cabelos
acinzentados.

- Então, esse é o seu lugar?
– A voz do homem, embora fosse grossa, era harmoniosa e tranquila. Ele
encarava serenamente para o ruivo, que pareceu se incomodar com a
resposta.

- É sim! Eu sou quem toco nessa parte da cidade.
– O ruivo falava com extrema exigência. Algumas pessoas que estavam ao
redor murmuravam sobre já terem visto aquele jovem na praça todos os
dias. A dançarina se aproximou de seu companheiro, mas ele levantou a
mão gentilmente e sorriu para o ruivo.

- Certamente, foi algo deveras deselegante de minha parte.
– O músico virou-se e começou a arrumar o violão dentro de uma capa de
couro, leve. A garota ao seu lado suspirou e sorriu, acompanhando-o e
também abraçando o braço livre do músico.

- Espera aí, como assim? Vai sair sem falar nada? – O ruivo estava apreensivo, percebendo que conseguira demasiadamente fácil a retirada do músico.

- Não. Não é de meu interesse competir com outros músicos ou artistas.
– O homem falava tranquilamente, pendurando as alças da capa do violão
em seu ombro. – Bom músico é aquele que respeita a melodia e o carisma
dos outros. Se não gostassem de você, acho que não permitiram sua
ilustre presença aqui.

O publico olhou boquiaberta para o homem.
Suas palavras foram mais do que suficientes para retornarem em elogios,
sorrisos e até alguns aplausos para ele. O ruivo percebeu que estava
perdendo seu carisma com a multidão e então apontou o violão na direção
do homem.

- Não. Só sairá daqui depois deles decidirem quem é o melhor dos instrumentistas. – Confiante, o jovem exibia um pequeno sorriso ao seu oponente.

- Como eu disse, não sou alguém que persegue as competições musicais. E não é correto você desafiar alguém sem dizer quem é antes. – O músico falava com uma tranquilidade impressionante.

- Eu sou Johann Klaustrus. – O ruivo apontou o dedão para seu rosto, confiante. – E sou o menestrel andarilho que é mais bem vindo em qualquer lugar do que o próprio Mariachi.

A
menção daquele nome pareceu inquietar as pessoas ao redor deles,
inclusive o próprio homem que outrora tocava suas melodias
pacificamente. A dançarina arregalou os olhos e observou seu parceiro.
Ela era mais baixa que ele, mas podia ver claramente a feição de tensão
no rosto do seu companheiro.

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
- Compreendo. Já que você quer tanto, faremos uma pequena demonstração.
– Rapidamente, o homem abaixou o ombro e a capa caiu. Ele segurou as
alças antes que o instrumento tocasse o solo e então se ajeitou,
soltando-se do abraço da garota e retirando o violão novamente.

Os
dois se entreolharam. Johann usava um violão magnificamente detalhado
com prata e todo talhado em uma madeira jovem e pintada em preto, dando
um ar mais profissional ao seu instrumento. Já o violão do músico era
todo em cor natural, um pouco gasto, mas possuía o mesmo encordoamento
de nylon que o violão do ruivo, e nenhum detalhe exorbitante.

- Melody, você vai ficar apenas observando. Tudo bem querida? – O homem virou-se para falar com sua parceira, que assentiu e se afastou um pouco.

- E você, ainda não disse quem é. – Johann foi apressado ao perguntar.

- Perdoe meus modos. – O homem voltou a encarar o ruivo e esboçou um sorriso. Fez uma pequena reverência e então retornou a sua posição normal. – Eu sou conhecido como Tenkisei, o maestro.

Alguns
viajantes que passavam sem dar importância pararam ao ouvirem aquele
nome e título. Muitos dos que já estavam presentes caçoavam, duvidando
de como seria uma suposta luta entre dois músicos, e outros olhavam
pasmos, aguardando até o momento em que o conflito começasse.


Johann ajeitou seu violão, passando a alça ao redor do pescoço e
deixando o instrumento suspenso, na altura de sua barriga. O ruivo então
puxou do bolso um pequeno objeto de forma triangular, mas com os cantos
curvilíneos, e usando apenas o dedão e o indicador, apoiou a mão
direita em cima das cordas, situadas em cima do buraco da caixa acústica
do violão.

Tenkisei seguiu os mesmos gestos do ruivo, porém ao
invés de usar uma “palheta” para tocar, ele apenas colocou a mão aberta,
com os dedos posicionados levemente em cima das cordas, cada ponta do
dedo em uma corda diferente. Johann olhou surpreso.

- Você... É diferente do que já vi. – Ele olhava impressionado para a posição de mãos de Tenkisei.

- Ora, se devemos divagar sobre como nós tocamos, então paramos o duelo e vamos conversar. – O homem de cabelos prateados respondeu tranquilamente.

- Não, vamos duelar de uma vez. – Johann urrou ríspido.

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
Os
dois se encararam mais uma vez e então começou. Johann bateu sua
palheta uma vez em uma das cordas e o som do violão ressoou. Era grave e
melodiosa, tocada rapidamente por suas técnicas com a palheta. Porém,
Tenkisei seguiu o mesmo ritmo e tocava harmoniosamente, dedilhando os
dedos e criando uma sequência de notas que se completavam, soando como
se houvessem mais instrumentos presentes ao lado de Tenkisei.

Os
dois mantinham os olhares fixos ou no outro, mas enquanto o maestro
exibia serenidade, Johann tinha uma feição de impaciência e tensão.
Tanto o dedilhado de Tenkisei quanto as palheta das do ruivo se
complementavam e a música que tocava era uma badalada mistura de sons
rápidos e bem estruturados com um toque sutil de combinações harmoniosas
de vários acordes.

A velocidade das notas tocadas aumentava a
cada instante, e quanto mais os dois tocavam, mas os dedos de Tenkisei
pareciam sumir por cima das cortas. Johann já não estava acompanhando
mais o ritmo da música do homem de cabelos prateados, e teve de diminuir
o compasso até que suas batidas singulares e sincronizadas nas cordas
se tornassem um conjunto de cordas tocadas para formar uma única nota,
deixando os acordes e notas rápidas de Tenkisei mais altas e audíveis.

O
publico já estava aplaudindo a desempenho dos dois. Os poucos que
haviam se interessado antes já haviam se multiplicado para uma
verdadeira plateia. Alguns tentavam criar letras para acompanhar a
musica, mas ou eram desafinados de mais para complementar a melodia, ou
não tinham fôlego para alcançar uma nota mais aguda.

Repentinamente,
Johann mudou a posição da nota com sua mão esquerda e quebrou o ritmo,
mudando também a nota base. A música parecia parar por causa da mudança
brusca, mas então Tenkisei também mudou o posicionamento dos dedos da
mão esquerda, acompanhando o mesmo timbre das bases de Johann e
recuperando o tempo com um harpejo, uma sequencia de notas singulares
tocadas rapidamente na mesma entonação da nota base.

Muitos que
assistiam aquela apresentação pela tarde gritaram, pediram para que a
música não parasse e vários outros imploravam por suas canções
favoritas. Mas quando Tenkisei fez uma rápida sequencia de notas solos e
Johann apenas encarava com uma feição abalada, a música foi tomando
rumo, e o maestro decidia o duelo terminando de forma impressionante
aquela melodia.

Aplausos, rosas e moedas eram jogados. Gritos e
cânticos entoados. Tudo por causa da apresentação breve entre Tenkisei,
tido como maestro por onde passava, e o seu desafiante Johann, cuja
melodia não foi capaz de superar a do homem de cabelos prateados. Ele
ficou de pé, com as mãos em cima do seu violão, e os olhos arregalados.

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
Tenkisei
fez uma nova reverência para a plateia e se virou para olhar a
dançarina. Ela sorria de uma forma tão bela que muitos homens babavam ao
longe. O maestro pegou a capa de seu violão, guardou novamente seu
instrumento e tornou a pendura-lo e seu ombro direito e então sorriu
para Melody.

- Foi uma bela apresentação, querido. – A dançarina se ergueu na ponta dos pés para beijar suavemente Tenkisei, que retribuiu e então afagou a cabeça dela.

- Não teria sido uma apresentação assas magnífica se não fosse o entusiasmo de um jovem brilhante. – Ele tornou a olhar para o cabisbaixo Johann. Aproximou-se do jovem e então sorriu para ele.

- Você é muito melhor do que eu... – O ruivo encarou Tenkisei com uma feição triste.

- Não há ruim ou bom entre aqueles que têm amor pela música, meu amigo. – Tenkisei tocou o ombro do jovem, que pareceu sair do transe. – Você é jovem, tem uma centelha que arde em seu âmago, deve a fazer crescer para ser um bom músico...

- Eu ainda vou ser o melhor!
– O ruivo deu alguns passos para trás e pareceu se irritar. Apontou
para Tenkisei. – Pode lembrar-se do meu nome, eu ainda vou ser o melhor.

- Não vou esquecer o nome de um rival. – O maestro sorriu delicadamente.

Johann
pareceu se contentar com aquela declaração e então se virou, dando uma
ultima olhada para o homem que chamavam de maestro, o músico que
encantou uma multidão, sozinho mesmo que estivesse em um duelo, cujo
amor pela música e por sua amavel dançarina era grande e sua serenidade
desconcertante.

O homem de cabelos prateados fazia reverências
para o seu público, que respondia com aplausos e muitos sorrisos. Ele
abraçou sua mulher, Melody, deu mais um beijo na jovem e então os dois
andaram para o norte, indo até o castelo de Prontera. Agora todos que
estavam alí conheciam o verdadeiro caráter de um músico, cujo potencial
vem de seu interior. E ele tinha um título. Tenkisei, o maestro!

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado 9RZz




Pos
é galera. Eu fiquei um tempão pensando em como postar essa fic, e
finalmente postei o primeiro cap. Eu mudei um pouco o estilo de
descrição e a forma como se molda a história. Espero que vocês gostem,
pois o tema principal dessa fic que sairá mais ao longo dos dias é
puramente a música. Apreciem.

Abraços.
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Yuuki *~

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MensagemAssunto: Re: [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado   [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado EmptySeg 03 Out 2011, 17:02

Nossa...simplismente perfeito!
Estou totalmente sem palavras...a forma q foi conduzido o duelo..
o maestro mantendo sua harmonia...as palavras q vc usou p deixar
nitidamente a serenidade e a "sedução" da cigana...amei!
Sem duvidas um dos melhores fanfics de músico q ja li...Sem falar
das músicas altamente voltadas p músicas do estilo!
Parabens *-*
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Willen

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MensagemAssunto: Re: [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado   [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado EmptyQua 26 Out 2011, 17:09

Para que vocês possam entender e apreciar a fanfic da melhor forma
possível, recomendo que cliquem nos megafones:
[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on,
e escutem as trilhas sonoras, pois muitas delas serão "tocadas" na
fanfic, conforme o desenrolar da história. Boa leitura.




[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado 9RWf
por Willen Leolatto Carneiro

[/hr]
[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
Eram tantos livros, tantas prateleiras, que mal se podia ver o sol por
causa da escuridão gerada pelas cortinas esfarrapadas, que cobriam as
janelas e impediam de se encontrar um título específico. Mas não era
isso que o homem de manto negro buscava naquela manhã quente. Havia
passado a noite em um pequeno quarto de hóspedes do castelo, e logo ao
lado havia a sala repleta de livros e estantes empoeiradas.

O clima estava ameno depois da noite tempestuosa que passou. Mesmo
usando uma grossa capa escura e trajando vestes largas, não estava
quente para aquele homem que outrora estava no meio de uma tempestade.
Sua feição era de seriedade enquanto passava a mão por cima dos balcões
empoeirados, sentindo o cheiro de mofo que o tempo e o clima deixaram se
proliferar.

Seus olhos percorriam as capas dos livros que eram cobertas por poeira, e
outros estavam gastos e velhos, perdendo a cor e desfiando pouco a
pouco. Os olhos esverdeados pairaram sobre um livro de capa preta, na
parte mais alta da prateleira. Aquela estante era muito mais alta que o
homem, mas ele conseguiu alcançar o livro apenas esticando seu braço,
deixando revelar suas mangas vermelhas por baixo da capa.

Pegou o livro de capa de couro, escurecido e arranhado. Soprou então a
capa para retirar o pó e ler o título, gravado a fogo no couro e tingido
de um vermelho escurecido.

- “Compendium Alica - Tempus Nigrum” – A voz
grave dele resoou ao pronunciar o nome do livro. Seus olhos brilhavam de
uma maneira fascinada, mas havia tristeza no fundo. As mechas
acinzentadas que recaiam cobrindo parte da face tocaram de leve as suas
pontas no livro, empoeirando-se um pouco.

Lentamente, se afastou da estante e sentou-se em uma cadeira, próxima à
parede onde havia também uma mesa de madeira com uma toalha por cima.
Estava marrom de tanta sujeira, mas o homem não se importou de sentar e
colocar o livro sobre ela. Abriu-o e começou a folhar, lentamente,
buscando algo em suas palavras antigas.



Quatroze Anos Atrás...

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
- Querido. Não precisa fica impaciente, ela deve ter
achado alguma coisa
. – A voz melodiosa da morena trazia uma
tranquilidade imensa para o homem alto de cabelos prateados.

- Eu sei Melody. Mas faz anos que não a vemos, então
talvez tenha mais do que informações
. – Tenkisei falava em um
tom mais sério, embora sua face esboçasse um sorriso para sua esposa.

Depois de passarem pela fervorosa multidão de Prontera, os dois seguiram
rumo para o norte, indo até o majestoso castelo real de Prontera. No
caminho, poucas pessoas tumultuavam o caminho, perto de uma pequena
praça que continha uma estátua, desenhada na forma de duas mãos se
apertando. A Estátua da Amizade, que figurava o centro da chamada “Praça
das Mãos”, era o ponto de encontro de muitos aventureiros e amigos
desde que ela foi construída.

Passando pela praça, Melody abraça o braço direito de Tenkisei e sorri
para o músico, que retribui de forma carinhosa com um largo sorriso e
uma carícia no rosto. Quem passava por eles reconhecia-os pelas
performances feitas em outras cidades, inclusive o duelo entre o maestro
e o menestrel Johann Klaustrus, há pouco tempo.

Saindo da rua principal, o casal ficou à frente de um portal de entrada
que dava na ponte do castelo. Havia um guarda ao lado da entrada e ficou
encarando Tenkisei, admirado, enquanto os dois avançavam para a ponte. A
entrada do castelo era imponente, magnífica, talhada nas pedras claras
que davam um ar antigo, mas muito refinado à construção. O casal andou
até atravessarem o primeiro salão, e então subiram um lance de escadas
cobertas por um tapete vermelho com bordados amarelos.

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
Um som suave de piano começou a ecoar, conforme eles subiam a escadaria.
Era um som doce, fino e bem trabalhado. Ao ouvir a música, Tenkisei
olhou para Melody, que respondeu com uma feição animada.

- Nada mal. Ela está evoluindo muito. – O músico
acelerou o passo e subiu as escadarias mais rapidamente, com a musa logo
atrás.

- Afinal, você o professor dela, Tenki. – Melody falou com um largo sorriso.

Os dois subiram até o segundo nível e chegaram a uma sala repleta de
estantes, atulhada de livros. Estavam limpos, conservados e muito bem
organizados, divididos com vários pedaços de papel que notificavam a
natureza do conteúdo. Embora o local fosse bem decorado, com mesas
cobertas de tecidos caros e as paredes de mármore, não havia ninguém
ali. O som vinha de uma antessala, atrás de algumas cortinas de veludo
vermelho que escondiam a passagem. Tenkisei olhou para sua esposa, que
assentiu positivamente. Eles puxaram a cortina devagar e então entraram
na antessala.

Ao chegar ao local, se depararam com uma jovem sentada à frente de um
enorme instrumento preto, alongado e com várias teclas brancas e pretas.
As notas daquele piano ressoavam conforme a jovem tocava rapidamente as
teclas, mesclando as notas graves para formar a base, as várias notas
mais agudas tocadas singularmente para formar uma sequencia de sons.

A jovem de cabelos longos, enquanto tocava o piano, balançava suavemente
sua cabeça conforme as notas que tocava. Seu corpo, trajando um vestido
longo e negro, exibia sua bela silhueta até a cintura, onde começava a
barra da grande volumosa saia. Tenkisei e Melody olhavam encantados
para a garota, embora a musa mantivesse um olhar um pouco mais
cuidadoso.

- Então vieram fazer uma visita? – A garota falava ainda concentrada na música em seu piano.

O casal se manteve em silêncio profundo, apenas escutando a melodia das
notas que a jovem produzia. Mesmo ela, concentrada na música, parecia
exalar uma excitação por conta da melodia. Notas suaves, em escalas
menores, criando uma melodia mais dramática e lenta que davam a
impressão de que havia mais do que simples partituras lidas para
executar aquela melodia. Paixão, drama, sentimentos que eram colocados
enquanto a música chegava ao seu final.

A bela jovem diminuiu o ritmo das notas e também a sua tonicidade,
indicando o final da música. Tocou um último acorde e então fez uma
pausa, esperando até que o último resquício de onda sonora estivesse
parado de vibrar, e então suspirou. Tenkisei e Melody aplaudiram
levemente para a garota.

- Nada mal, minha cara aluna. – Tenkisei sorria
para ela. A jovem se virou, mostrando seu rosto jovial e feliz, e então
se levantou. Segurou em sua saia e fez uma reverência cordial para
ambos.

- Gostou Tenki? – Ela perguntou, andando na direção dos dois.

- Claro que gostei. Sabe como a música, executada de
forma correta, me preenche de alegria
. – Respondeu ele, sincero.


A garota correu e se jogou nos braços do maestro. Ela era um pouco menor
que Melody, fazendo-a parecer uma criança perto de Tenkisei, que
avermelhou e ficou sem reação. Melody olhou com uma face desacreditada e
bufou.

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
- Elizabeth! – Ela segurou o ar nas bochechas,
ficando mais vermelha que seu marido. A jovem virou o rosto e mostrou a
língua para ela.

- Calma priminha, eu sei que você sente ciúmes de mim com
o lindo do Tenkisei
. – Elizabeth ergueu a mão e passou-a no
rosto do músico, provocando a garota.

- Er... que é isso, não precisa fazer assim... – Tenkisei estava sem jeito.

- Eu to só brincando, Mel. – A garota se afastou
de Tenkisei e abraçou Melody, que ainda bufava. – Você
sabe o que sinto, mas você chegou primeiro
.

- Não tem graça nenhuma... – Melody abraçou sua
prima, ainda um pouco irritada, mas o fez de forma carinhosa.

As duas se soltaram, enquanto que Tenkisei ria baixo, pensando no
constrangimento dos três. Por fim, tirou a capa de seu instrumento das
costas e colocou apoiado na mesa. Pegou uma cadeira e se sentou próximo
das duas.

- Então, Elizabeth, como vai sua vida de investigadora? – O maestro falava tranquilo.

A jovem suspirou, puxou duas cadeiras para perto de Tenkisei e ofereceu o
lugar para Melody. Quando ela havia se sentado ao lado de seu marido,
Elizabeth sentou a frente dos dois, encarando-os.

- Ah! A vida de investigadora do
reino é uma porcaria
. – Disse, em um desabafo. –
Ta, eu viajo muito, conheço lugares fantásticos, mas não é
sempre mil maravilhas
.

- Você nunca quis ser algo sério, Eliza. – Melody falou provocando um pouco.

- E você me inveja por eu ter seguido o caminho de
Desordeira
. – A jovem mostrou a língua de novo, mas as duas
pararam de se provocar quando Tenkisei pigarreou.

- Bem, Eliza. Eu vim na verdade por outros motivos.

- Veio dizer que me ama e que não quer mais a minha
priminha
? – Ela falou enquanto olhava para Melody, com um
sorriso de escárnio.

- Hey! – Exclamou a musa.

- Não! Eu vim aqui por que preciso
de certas informações
. – Tenkisei suspirou e ficou olhando para
Elizabeth.

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
A jovem parou de sorrir e olhou séria para ele. Trocaram olhares por um tempo, e por fim ela assentiu.

- Bem, o que posso fazer por vocês?

O maestro levantou a mão e puxou a manga de sua camisa para trás,
mostrando o antebraço nu para a jovem. Melody ficou tensa, e Elizabeth
se sentiu assim depois de ver uma estranha marca pouco abaixo do pulso
de Tenkisei. Era uma mancha negra, um símbolo que parecia ter sido
marcado à fogo na pele dele.

- Por Odin, o que aconteceu? – A jovem se aproximou para ver melhor.

- Apareceu tem alguns dias. Não consegui achar referência
em nenhum livro, inclusive sobre...
– O músico fez uma pausa e
suspirou.

- Entendo. – A jovem olhava para a marca no braço
de Tenkisei, enquanto Melody encarava seu marido, preocupada. –
Você acha que pode ser...

- Um feitiço? Eu conheço essas
coisas, mas não é um. Isso é algo muito mais forte
. – Ele falava
sereno, mas com um tom mais sério.

- Vou procurar aqui... – Elizabeth se levantou e
foi até suas estantes com montanhas de livros atulhados e começou a
procurar por um. Melody abraçou o braço de Tenkisei e apoiou sua cabeça
no ombro dele, preocupada. Porém, o músico sorriu e ficou afagando a
cabeça dela, carinhosamente. Embora ele tentasse tranquilizar sua amada e
procurasse a ajuda de uma investigadora, ele sabia o que o esperava...



Geffen...

- Muito bem meus caros alunos, tenham um bom dia!

Na torre de Geffen, no mais alto andar, um homem estava atrás de sua
mesa, em uma sala lotada de vários alunos em suas carteiras. O local era
enorme. Em sua base no centro da sala estava a mesa do professor, a
lousa na parede atrás dele e alguns objetos bonecos similares aos
humanos, pendurados em pedestais próximos da porta de saída. A frente
da mesa do professor, começavam as mesas dos alunos, sendo uma fileira
por degrau, que dava a forma de uma arquibancada à sala de aula.

O professor, um homem alto e trajado apenas com um terno um tanto quanto
antiquado, observava os vários alunos descendo por uma escadaria que
dava acesso às fileiras de carteiras. Seus olhos amarelados lhe davam
um aspecto diferente, apesar de parecer um pouco jovem para lecionar.

- Até mais professor Dhellor! – Algumas passavam
por ele, enquanto arrumava seus papéis em sua mesa. Ele apenas acenava
com a cabeça e sorria, voltando ao trabalho. – Tchau
professor
! – Alguns jovens aprendizes de mágicos também passavam
correndo por ele, porém, um deles foi direto à sua mesa, ficando à
frente.

- A aula já acabou, pode ir para... – O professor
não estava olhando, mas quando ergueu a cabeça e se deparou com seu
aluno, ficou sério. – Ravnus?

- Desculpa lhe interromper, professor Alberich. –
O jovem tinha cabelos levemente esbranquiçados, usava óculos de armação
redonda e tinha uma feição cansada.

- Ora, o que deseja meu caro Ravnus? – Alberich
deixou os papéis em cima da mesa e foi até o garoto, ao seu lado.

- Professor, eu me sinto estranho sabe, tem acontecido
umas coisas estranhas comigo...
– O jovem falava olhando para o
chão. Alberich sorriu meio sem jeito e se escorou na mesa.

- É normal meu jovem. Mas não acha que isso é assunto para seus pais?

- Não é isso professor... – Ele esticou o braço e
puxou a manga da camisa. – Olha...

O professor ficou estranhando a conversa de seu aluno, mas ao ver o
braço dele ficou inquieto. Havia uma enorme marca, um símbolo grande e
negro desenhado na pele do jovem, tomando conta de quase todo o
antebraço dele.

- Isso...isso é..

- Professor Dhellor! – Uma voz ecoou atrás dos
dois, vindo da porta. Havia um homem alto, de cabelos loiros muito
claros e olhos azuis brilhantes. Escorado na entrada da sala, o homem
olhava para os dois com um ar superior.

- Er... Diretor Lavey! – Alberich fez um aceno
forçado com a cabeça, levado pelo susto da presença daquele homem,
cobrindo o braço de Ravnus rapidamente. Lavey deixou a entrada e foi na
direção dos dois lentamente. O que mais chamava a atenção no diretor,
além do ar de superioridade e os olhos azuis estranhamente brilhantes,
era o fato de ter orelhas pontudas e finas. – O que o
senhor está fazendo aqui
?

- Vistoria apenas. – Ele se aproximou e estendeu
a mão para Ravnus, que cumprimentou tímido. Virou-se para cumprimentar
Alberich, mas fixou seu olhar no braço do jovem Ravnus, onde o professor
havia mexido rapidamente antes do diretor se aproximar. Alberich
rapidamente cumprimentou Lavey, tirando sua atenção do garoto. –
Ah sim, um dos nossos mais valorosos alunos.

- É muita gentileza sua, senhor Lavey... – O jovem olhou para baixo, envergonhado.

- Bem, então... o senhor queria falar comigo? – Alberich interrompeu novamente.


- Claro, poderia ir comigo até minha sala? – O
diretor acenou para a porta. Alberich ficou olhando para o diretor,
então deu um tapinha nas costas de Ravnus, e começou a andar junto de
Lavey. Os dois saíram da sala e entraram em um corredor com várias
janelas que davam uma visão privilegiada do sul de Geffen. O sol raiava
com poucas nuvens no céu, e podiam-se ver várias pessoas transitando por
perto da fonte de Geffen. Lavey mantinha os olhos todo o tempo para a
fonte, com as mãos nas costas.

- Então diretor, do que precisa? – O professor
Dhellor parecia um tanto impaciente. Lavey olhou para os lados e
confirmou que não havia pessoas nos corredores.

- Certamente que você, como um dos mais hábeis mestres da
magia, conhece a lenda de um artefato chamado “Coração de Ymir”,
não é
?

- De fato conheço. Ela não é mais uma história fictícia,
visto que muitos fragmentos foram encontrados
. – Alberich andava
um pouco atrás de Lavey, mas falava sério com ele.

- Certo. Mas sabendo disso, não é de se perguntar qual
seria o real tamanho desta poderosa pedra, ou sua origem
? –
Lavey voltou a olhar para o lado de fora, na fonte de Geffen.

- Isso ainda é uma questão a ser investigada, diretor.

- Não seja tão apressado, meu caro Alberich. – O
diretor virou em um corredor mais escuro e adentrou-o. –
Isso é o que os cientistas e estudiosos afirmam, mas
creio que um homem com tamanho conhecimento como você já deve ter ouvido
falar de outras histórias
.

O Professor Dhellor se sentiu um tanto desconfortável com aquela
afirmação. Engoliu em seco e seguiu o diretor até uma porta ao fundo do
corredor. Lavey abriu a porta e entrou na sua sala. Um local enorme,
cheio de estantes, quadros e várias estátuas. No meio, em cima de ricas
tapeçarias, estavam a mesa do diretor, a sua grande poltrona e duas
outras cadeiras decoradas logo a frente da mesa. Uma mulher de cabelos
longos e muito compridos ocupava uma das cadeiras, e ela virou-se para
olhar a dupla.

- Ora, o nosso campeão chegou. – Disse ela com um pouco de arrogância.

- Boa tarde para você também, Eva. – Alberich
cumprimentou de longe a mulher. Ela levantou-se e mostrou sua grande
estatura, além de sua pele pálida.

- Eva, como você sabe, é minha assistente e grande ajuda
nos meus trabalhos
. – Lavey se dirigiu até o lado dela, ficando
frente à Alberich. – Mas bem, vamos continuar o assunto
que nos interessa.

- Não sei aonde o senhor quer chegar, Ephilas. – Alberich retrucou rapidamente.

- Aposto que sabe. – Eva comentou.

- Dhellor, não é uma questão de saber ou não onde eu
quero chegar
. – Ele ergueu o braço e tirou a luva, revelando um
círculo negro desenhado em sua mão direita, assustando um pouco
Alberich. – Creio que já deve ter ouvido falar de
Geffenia, claro, e de que há ligações entre o coração de Ymir e aquela
terra...


- Eu sei que o senhor é um Elfo, descendente de lá. Mas ainda não sei o que quer dizer com tudo isso.

- A questão é bem simples, meu caro Alberich. –
Lavey se escorou na mesa. – Há anos, acredita-se que a
maior parte do Coração de Ymir está escondida nas profundezas de
Geffenia, mas nem eu, nem outros elfos conseguimos encontrar. E depois
da queda da minha antiga terra, ninguém mais conseguiu entrar lá para
procurar...


- Não está sugerindo que odeia os humanos ou que quer
tentar achar uma entrada para lá né
? – Alberich olhou mais sério
para o elfo, que apenas deu um sorriso e fitou-o.

- Não. Não tenho ódio dos humanos, pois não ligo para as
mentes fechadas que muitos têm. Mas acertou sobre a entrada de Geffenia,
meu caro
. – Lavey saiu de perto da mesa e de Eva e foi até a
janela, olhando para o lado de fora. – Dizem que muito
antes dos humanos perambularem por Midgard, as Nornas estavam procurando
um meio de defender o Coração de Ymir que residia em
Geffenia...


Tanto Alberich quanto Eva olhavam atônitos para Lavey, que observava o
lado de fora da janela, olhando para o oeste da cidade. Por fim,
continuou.

- O coração de Ymir tem um poder tão grandioso quanto os
dos deuses que o destruíram, que dizem que pode até mesmo conceder um
desejo para seu possuidor. Os fragmentos que foram encontrados são
apenas lascas perto do grande pedaço que as Nornas esconderam. E para
manter a salvo, elas criaram um pequeno evento que se concretiza de
tempos em tempos...


- Eu sei dessa história, Lavey! – Alberich
interrompeu. Sabia onde o diretor queria chegar, mas ao lembrar-se de
Ravnus, resolveu cortar o assunto. Lavey se virou e encarou seriamente o
professor.

- Você viu esta marca. Sabe que as Nornas escolhem
algumas pessoas com capacidades superiores para serem detentoras do
Coração
.

- Mas isso significa que tem que matar seus rivais. – Concluiu Alberich, indignado.

- O que é pouco, considerando o tanto de lixo que existe
nesse mundo
. – Eva comentou arrogante. Lavey voltou até perto
deles e voltou a fitar o professor com mais serenidade.

[Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Bgm_on
- Como poderosos mestres da magia que somos, nosso dever é
obter esse poder e tomarmos conta de Midgard, não concorda
?

O professor abaixou a cabeça e suspirou.

- Você também deve saber que alguns mestres também
despertaram o sinal, inclusive aquela aberração de Juno
. – Lavey
comentou.

- Sim, da para sentir cada um deles despertando. –
Alberich falou baixo, mas Lavey e Eva escutaram muito bem.

- Então, Alberich, vai se unir a nós?
Vai conosco atrás de uma chance de conseguir realizar o
seu sonho
? O nosso sonho? – Lavey enfatizou as palavras,
fazendo com que Alberich estremecesse um pouco. – Posso
dar um tempo para pensar...


- Eu vou pensar um pouco... – Alberich falou
rapidamente. Levantou a cabeça e vislumbrou o sorriso de escárnio que
Eva dava e a face serena de Lavey.

- Muito bem. Pode ir professor. – O diretor
apontou para a porta e, cordialmente, Alberich se despediu e partiu.

- Ele é muito dedicado. Realmente seria um problema ter
ele como inimigo
. – Lavey ficou olhando o professor andar pelo
corredor.

- Você acha que ele vai nos ajudar? – Eva parecia
curiosa. Era tão alta quanto Lavey, apenas alguns centímetros mais
baixa.

- Vai sim. O que mais movimenta ele é o desejo de rever sua falecida esposa. Ele tentaria tudo por ela...



Prontera...

- Não pode ser! – Tenkisei olhava um tanto abismado para o livro que estava aberto em cima da mesa.

Elizabeth havia encontrado um antigo livro de capa negra, de couro.
Abriu-o e mostrou o seu conteúdo para o casal. As páginas do livro
mostravam figuras de manchas na pele que simbolizavam feitiços de
comando chamados “Beijo das Nornas”. Melody cobria a boca, demonstrando
sua preocupação com o que havia no livro.

- O combate pelo coração de Ymir... começou...




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MensagemAssunto: Re: [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado   [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado EmptyQui 17 Nov 2011, 15:04

Seus trabalhos são realmente perfeitos
parabens!
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MensagemAssunto: Re: [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado   [Fanfic] Devaneios de um Coração Amargurado Empty

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